Raysa do Carmo Ximenes


                                Meu nome é Raysa, tenho 29 anos e sou paciente renal desde os 13 anos. “Feita de cicatriz e gratidão...” Essa é uma frase que define bem a minha história! Eu tive uma infância conturbada, perdi minha mãe aos 3 anos e fui criada por tias. Aos 13 anos eu sofri uma lesão no rim direito e a partir daí começaram a aparecer os primeiros sintomas, até que um dia eu acordei com o rosto completamente inchado, os meus olhos sequer abriam. Fui direto para o hospital e descobriram que meus rins estavam "falhando", esse foi o momento mais assustador, descobrir que um órgão não está funcionando direito. Então, começamos uma luta que durou mais de 1 ano para descobrir a causa da insuficiência renal. Devido à demora do diagnóstico e por estar muito debilitada, em novembro de 2007, fiz a 1ª a sessão de hemodiálise, mesmo tendo 20% de função renal, foi necessário começar rápido. Entrei em um mundo completamente desconhecido, não sabia nada sobre o tratamento, tinha pouca informação, mas nunca baixei minha cabeça. Continuei lutando pela minha vida e seguindo o tratamento da maneira mais correta possível, consegui conciliar tratamento, estudos e trabalho. Não foi fácil, mas é possível. Em 2012, realizei um dos sonhos de grande parte das mulheres, me casei e um mês depois, com 5 anos de hemodiálise, descobri que estava grávida. Foi um choque para todos e 2 duas semanas depois de descobrir a gravidez fui chamada para o transplante. Tive que realizar uma escolha que sem dúvida mudaria a minha vida: Um rim ou um filho? A Escolha não foi difícil, segui meu coração e optei, mesmo indo na opinião contraria de especialistas, amigos e família, pela melhor escolha que poderia fazer na minha vida. Em outubro de 2012 dei a luz a uma princesa, o meu rim fora do corpo, que pesava apenas 875g. Minha pequena guerreira nasceu prematura. Foram dias de muita luta, revezando entre sessões de hemodiálise e idas ao hospital. Graças a Deus, tudo deu certo, com muita fé e confiança. Minha Maria Vitória, tem 8 anos e é, sem dúvida, meu maior incentivo para permanecer nessa caminhada que já dura 13 anos. Eu só tenho motivos para agradecer, esse tratamento me possibilita ver minha filha crescer dia após dia. Se você está passando pelo conservador ou está iniciando o tratamento de hemodiálise, se parece que não existe esperança ou que a vida acabou, lembre-se: Hemodiálise não é o fim, é vida! Permita que a vida continue. Lute por aqueles que você ama e te amam, a vida é uma dádiva, a máquina não é sua inimiga, é sua aliada nesse novo capítulo que a vida lhe apresenta. São 13 anos que eu sei o que é precisar de uma máquina para viver, para poder ver o amanhã e só tenho motivos a agradecer pelo tratamento que existe e que permite que eu veja e conviva com minha filha. Agradeço a Deus, pela tecnologia que permite salvar minha vida e aos profissionais da DaVita Águas Claras, que me mantem com a plena possibilidade de viver a vida em toda sua intensidade.
                            

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