Hemodiálise: uma opção de tratamento de diálise


Descobrir que você precisa de diálise ou de transplante de rins é uma notícia que pode mudar a sua vida. Felizmente, existem opções de tratamento e medicamentos que podem substituir a função renal e ajudar a manter a qualidade de vida do paciente, como a hemodiálise (HD). O importante é saber se é o tratamento certo para o seu caso.

Como a hemodiálise funciona?

Na hemodiálise, uma máquina é responsável por tirar sangue do corpo e filtrá-lo com um rim artificial (ou dialisador, que é um aparelho que funciona como uma membrana, que limpa as toxinas que os rins já não conseguem mais remover). Depois de filtrado, o sangue é devolvido ao corpo, e somente uma pequena quantidade é guardada fora (menos de duas bolsas).

Para que o tratamento da hemodiálise seja realizado, é necessário que exista um ponto de acesso que transporte o sangue para o dialisador e devolva-o para o corpo. Existem três tipos diferentes: cateter, enxerto arteriovenoso (AV) e fístula arteriovenosa (AV). Geralmente, uma fístula arteriovenosa ou um enxerto arteriovenoso são procedimentos feitos cirurgicamente no antebraço do paciente para se tornarem pontos de acesso. A escolha do tipo de acesso adequado para cada caso é feita pelo médico, e ela será muito importante para que a diálise seja realizada da melhor maneira possível.

Cateter para hemodiálise

Na diálise, o cateter é introduzido por uma grande veia no pescoço ou no peito do paciente, e um “cuff” é colocado sob a pele para ajudar a prendê-lo no lugar correto. Normalmente é uma opção que funciona à curto prazo, mas em alguns casos pode ser utilizado como um acesso permanente. A taxa de fluxo sanguíneo do cateter para o dialisador pode não ser tão rápida como a de um enxerto AV ou de uma fístula AV. Portanto, o sangue pode não ser completamente filtrado e limpo quanto os procedimentos arteriovenosos.

Os cateteres têm uma maior tendência de contaminação do que os outros tipos de acesso, pois o dispositivo está tanto dentro quanto fora do corpo. Por isso, deve ser sempre mantido limpo e seco, e muitas vezes possui restrições em relação ao contato com a água (exemplo natação ou banho), além de maior cuidado na hora de vestir-se para não danificá-lo no local de saída.

Fístula arteriovenosa (AV) para hemodiálise

Uma fístula arteriovenosa é uma ligação direta de uma artéria a uma veia para a hemodiálise. Uma vez que é criada, torna-se parte natural do corpo, e quando amadurece adequadamente, oferece um acesso com um bom fluxo de sangue - que pode durar décadas. A fístula pode levar semanas ou meses para estar pronta para o tratamento.

Enxerto arteriovenoso (AV) para hemodiálise

Um enxerto arteriovenoso (AV) consegue ligar uma artéria a uma veia por meio de uma prótese de plástico macio, permitindo maior fluxo sanguíneo. Após o enxerto cicatrizar, a hemodiálise é realizada com uma agulha inserida no lado arterial e uma no lado venoso.

Fístula – o padrão preferido

Os especialistas em diálise geralmente concordam que o tipo de acesso mais seguro e mais duradouro é a fístula arteriovenosa. Por ligar diretamente uma veia a uma artéria, a fístula faz com que a veia aumente de tamanho e, consequentemente, possibilita um maior fluxo sanguíneo. A fístula pode ser pulsionada repetidamente para realizar tratamentos de hemodiálise.

Além disso, o método possui mais vantagens, como:

  • Apresenta menor risco de infecção do que o PTFE ou o cateter;
  • Tem uma menor tendência de coagular do que os PTFEs ou cateteres;
  • Permite um maior fluxo sanguíneo, aumentando a eficácia da hemodiálise e reduzindo o tempo de tratamento;
  • Permanece funcional por mais tempo do que os outros tipos de acesso;
  • Geralmente tem um custo-benefício melhor que os acessos sintéticos.

Embora a fístula arteriovenosa seja o tipo de acesso mais utilizado pela maioria dos médicos, quando o sistema vascular está muito comprometido, o paciente não consegue mantê-la no corpo. Em alguns casos as fístulas são criadas cirurgicamente, mas nunca amadurecem, então não podem ser utilizadas. Alguns dos inconvenientes das fístulas são:

  • Uma saliência no local de acesso;
  • Levam alguns meses para amadurecer;
  • Algumas vezes, nunca amadurecem.
Com que frequência a hemodiálise é realizada?

Os pacientes que fazem hemodiálise nos centros geralmente passam pelo procedimento três vezes por semana, e cada sessão dura cerca de três a quatro horas.

Os tratamentos de hemodiálise se enquadrarão no meu estilo de vida?

A hemodiálise é bastante eficaz no caso de doença renal terminal (DRT). No entanto, é apenas uma parte do tratamento abrangente do paciente, que precisará fazer ajustes na sua vida e na sua rotina.

Certifique-se de seguir as restrições de dieta e fluidos prescritas e de tomar todos os medicamentos - que podem substituir outras funções renais (como a regulação da pressão arterial), assim como estimular a produção de células vermelhas do sangue para evitar a anemia.

Todos os tratamentos de diálise têm suas vantagens e desvantagens. Com base no seu estilo de vida e necessidades médicas, você e seu médico podem discutir as opções disponíveis e, juntos, decidirem qual é a melhor para você.

Como a hemodiálise no centro funciona?

Assim que você chegar ao centro de diálise, a equipe de saúde responsável — que inclui desde os enfermeiros até o administrador da instalação — cuidará de todos os aspectos do tratamento.

Primeiramente, a área de acesso do paciente será lavada por um técnico de atendimento. Depois, você será pesado e acompanhado até a sua cadeira de diálise para que a pressão arterial seja medida- em pé e sentado. Seus sinais vitais serão verificados pela equipe de enfermagem para que, em seguida, seja conectado à máquina de diálise.

Uma sessão de diálise típica dura quatro horas. Durante esse tempo, a equipe estará monitorando sua pressão arterial e o desempenho da máquina. Quando o tempo da sessão acabar, você será desconectado e terá os sinais vitais registrados novamente.

O que posso fazer durante a diálise em um centro?

Durante a sessão, você está livre para ler, assistir televisão, trabalhar ou jogar no seu laptop, conversar com outros pacientes e membros da equipe de tratamento, dormir, ou qualquer outra atividade que possa ser feita na cadeira de diálise. Todos os centros de diálise da DaVita oferecem Wi-Fi gratuito para as pessoas que querem estar on-line durante os tratamentos.

Quem está cuidando de mim no centro de diálise?

Acabamos passando bastante tempo com alguns profissionais durante o tratamento — e, por isso, depositamos bastante confiança neles. Uma equipe de saúde renal acolhedora pode ajudar a tornar a sua experiência mais agradável. Na DaVita, você receberá atenção e cuidados pessoais de uma equipe altamente treinada para ajudá-lo a maximizar a sua qualidade de vida.