Datas Comemorativas
Setembro Verde – campanha incentiva a doação de órgãos
A Campanha Setembro Verde foi criada a partir da Lei 15.463/2014 para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. As filas de espera para receber um órgão ainda são longas e a conta não bate, porque o número de doações é inferior à demanda, e a pandemia agravou ainda mais essa realidade.De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), houve uma queda de 26% na doação em 2021, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Outro dado preocupante apontado pela ABTO: em março de 2021, mais de 17 mil pessoas aguardavam na fila de espera por um órgão em São Paulo.Os órgãos que podem ser doados são: coração, fígado, pulmão, ossos, rim, pâncreas, córneas, válvulas cardíacas e pele. No caso de doadores vivos, podem ser doados: um dos rins, parte do fígado, da medula e dos pulmões.Os órgãos doados são destinados a pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).Quem pode doar?Qualquer pessoa pode doar seus órgãos. A doação pode ser feita em vida ou após a morte.No primeiro caso, do doador vivo, ele deve ter mais de 18 anos, estar em boas condições de saúde, ser considerado capaz juridicamente e concordar com a doação. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos podem ser doadores, desde que tenham compatibilidade sanguínea. Não parentes podem ser doadores somente com autorização judicial.Já o doador não vivo precisa ter sua morte encefálica atestada por um médico. Quando ela ocorre, não há mais chances de recuperação do paciente, ou seja, o quadro é irreversível. Nesse caso, a condição médica no momento da morte é que determinará quais órgãos e tecidos poderão ser doados.No momento da doação, os familiares devem assinar um termo de consentimento, por isso é importante comunicar a eles o desejo de ser um doador após a morte. A legislação brasileira determina que a família seja a responsável pela decisão final, não tendo valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade ou qualquer outro.Para declarar a vontade de ser doador após a morte a pessoa pode acessar o site da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote), fazer um cadastro e o download do cartão de doador. Basta acessar o link: http://www.adote.org.br/.Quem não pode doar órgãos?Pessoas nas seguintes condições não podem ser doadoras de órgãos:• Com diagnóstico de tumores malignos, doença infecciosa grave aguda ou doenças infectocontagiosas (como HIV, hepatites B e C e doença de Chagas);• Diagnosticadas com insuficiência múltipla de órgãos.A doação é um ato de amor. Uma pessoa consegue salvar até outras 20 quando opta por se tornar um doador.
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